quem fala
fernanda weber, 1996, brasília. escrevendo para criar um lugar no mundo em que as coisas aconteçam num outro ritmo. ♥

Fila de espera

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Alguma dessas universidades com o nome complicado fez uma pesquisa e apontou que o que mais deixa as pessoas aflitas é esperar numa fila sem saber quando serão atendidas. Conversando com uma colega, percebemos que isso é muito real. Se precisamos esperar numa fila, o mínimo que queremos é saber quantas pessoas estão na nossa frente, pra fazer um cálculo estranho e supor a hora que vamos ser atendidos.

Acompanhem o raciocínio comigo: Se vamos a um consultório e a recepcionista te diz que você precisa esperar duas horas na fila, tudo bem, né? É demorado? É. Mas ao menos você tem a certeza de que vai ser atendido após a espera. E se você vai ao banco e fica uma hora esperando na fila, sem antes ninguém ter lhe dito que ficaria por uma hora ali? Esses 60 minutos parecem uma eternidade. Porque o desconhecido é o que nos aflige.

Infelizmente, eu ainda sou uma pessoa muito ansiosa e tudo que é duvidoso é quase uma tortura pra mim. Ou seja, tô feita na vida, né? Porque a única certeza que temos é a morte; de resto é tudo variável, tudo depende do ponto de vista ou das nossas decisões. E eu passo todo dia por aquele ritual de 'respira fundo-vive o hoje-não sofre por antecipação-se concentra no agora'. Quem é super ansioso sabe como é ruim e quase involuntário ficar pensando no futuro e entende como é agoniante ficar esperando os momentos certos.

Agora imaginem uma pessoa feito senhorita Fernanda, nessa eterna fila de espera que é a vida, sem saber a hora em que algo vai acontecer, sempre no aguardo, exercitando a paciência e tentando não pirar. As coisas vão passando, vão acontecendo, minha ansiedade me impedindo de ver como tudo pode ser melhor do que eu pensava e eu paro pra pensar que: eu já vivi e presenciei situações divertidíssimas em filas, ou seja, não é tão ruim como parece. É que eu tenho essa mania de dramatizar as coisas e o otimismo nem sempre é meu fiel escudeiro.

Mergulhando numa porção de clichês, tô aí tentando encarar as imprevisibilidades da melhor maneira possível e curtir cada minuto nessa fila enorme, aprendendo a lidar com a ansiedade e com o medo de dar tudo errado. Afinal, a gente não tem nada por aqui que seja garantido, não é? Então vamos pensar mais aí sobre filas de espera, ansiedade e o quão tênue pode ser a linha entre o desespero e a diversão, tá bem?

Comentários

  1. Cara eu odeio muito esse lance esperar em fila...
    mas ao verdadeiro assunto do post, eu acho que a vida é assim é mesmo, a gente espera nessa fila sem saber o que virá, mas o importante é viver né? O desconhecido pode ser bom também!


    http://entrevereviver.blogspot.com.br/

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