Passei um tempo sem postar aqui no blog e também me afastei do mundo virtual por uma semana, pra organizar aquela baguncinha interior que todo mundo tem - e geralmente deixa pra arrumar quando a situação já está em estado crítico, como aconteceu comigo. Durante esse tempo, resgatei uns hábitos que eu tinha deixado de lado por causa da correria e um deles foi: ler romances com mais de 200 páginas no menor tempo possível (não como algo competitivo, só pela necessidade de consumir a história por inteiro mesmo). Li "Os adoráveis" - um romance que comprei nas Americanas por dez dilminhas - e nele, Jeane é a protagonista, uma blogueira super bem sucedida e totalmente fora dos padrões. Em seu blog ela fala sobre um estilo de vida alternativo e desligado do estereótipo que as pessoas insistem em construir pra si.
Estamos acostumados em nos moldar a qualquer custo, pra sermos aceitos em algum grupo. E não, você não precisa disso. Tudo bem se você não gosta de assistir séries, prefere ver um romance bem mimimi que tá passando na sessão da tarde ou ler o pequeno príncipe pela décima nona vez. E tudo bem também se você não gosta de sair e prefere ficar assistindo documentários sobre a existência de vida em órbitas extraterrestres. Tudo bem se você curte usar roupas compradas em brechós e tudo bem também se você economiza toda sua mesada pra comprar uma sapatilha da Chanel.
Não tem problema se você gosta de Los Hermanos, mas quando sai gosta de ouvir sertanejo, ou se você lê McLuhan, mas fica surtada ao saber que saiu o trailer de Cidades de Papel. Você não precisa escolher apenas uma coisa pra gostar e não tem problema nenhum se curte coisas que parecem totalmente opostas. O ser humano tem essa mania de querer rotular tudo o que vê e colocar as pessoas numa caixinha apertada, em que duas opções não são válidas e não existe espaço pra gostar de coisas distintas, afinal, tem que ser tudo muito padronizadinho e regular, né? Não. Não precisa ser assim e a gente não tem que se render a isso e nem querer julgar o outro pelas escolhas dele.
Ser diferente é incrível e é isso que nos torna únicos. Não tem problema se você ainda não encontrou "a sua turma" ou se encontrou, mas ela tá espalhada pelo país e vocês estão ligadas pelas redes sociais. Também não tem problema se você prefere não ter "sua turma". Sério, tá tudo bem! Se você não tem um mozão e acha que o problema são seus gostos peculiares (tem gente que desespera por não ter mozão): desencana. Os mozões aparecem na hora certa e você não precisa ficar louco porque não tem um. Sempre vai ter alguém pra gostar de você, do jeito que você é.
E acima de tudo, não perca sua identidade. Sempre vamos encontrar pessoas que não nos entendem, que acham nossos sonhos uma bobagem e que vão julgar nossa vida como se estivéssemos num tribunal, mas você não precisa e não vai regrar sua vida de acordo com a opinião delas, viu? Os seus gostos, suas experiências e preferências são o que fazem de você alguém especial. Não se esforce pra ser alguém que não condiz com seus princípios. Se respeite e não meça esforços pra ser o melhor que pode.
"Seja sempre uma versão de primeira categoria de você mesmo, em vez de ser uma versão de segunda categoria de alguém."

Esse texto foi escrito pra mim!
ResponderExcluirSério. Só pode ter sito Deus.
Você ganhou uma leitora muito, mas muito fiel.
Um beijo ♥
Nay, fico muito feliz que o texto tenha se encaixado pra ti!
ResponderExcluirSempre que precisar, é só passar aqui.
Um beijo ♥