Sintonia e Calmaria

Ela gosta quando ele diz "vem cá, vem" depois de uma conversa chata e a abriga no seu peito e bagunça o cabelo dela enquanto faz o cafuné mais calmante do mundo. Ela se sente absurdamente feliz quando, depois de um tempo levanta a cabeça e recebe um olhar doce acompanhado de um sorriso discreto que em frações de segundo se transforma num sorrisão e toda a chatice da conversa de mais cedo vai embora como uma fumacinha. 

Acho incrível a sintonia que duas pessoas podem ter mesmo tendo lá suas diferenças: ela mais falante, ele mais quieto, ela mais empolgada, ele mais racional. São como duas metades que se completam ou dois todos que se transbordam. 

Gosto de observar casais como eles, porque é isso que me faz crer que realmente podemos ter alguém que seja nosso porto seguro. Alguém que é nosso motivo de voltar pra casa e que sempre está nos nossos planos de final de semana. 

Eles também me fazem perceber que drama é coisa boa só na ficção e que a vida real é bom ter um tanto de calmaria, de certeza. Na vida real já temos muito drama e que é bom termos um momento de sossego, sem crises que não sejam as de risos. 

E além disso tudo, são casais assim me fazem perceber que é bom ter quem nos acompanhe, que nos apoie, que seja alguém que queiramos ter por perto por trinta horas do nosso dia. Que tenha, para nós, o melhor cafuné das galáxias. 


Sou a Érica Monteiro e aqui no Amorecando escrevo textos sobre o que me der na telha. Mantive um blog por cinco anos mas por causa da faculdade dei uma parada e atualmente só escrevo aqui. E se você gostou desse texto e tem alguma coisa pra contar, pode falar! Estou aqui para isso.